sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre a felicidade

Mário Sérgio Cortella cita Immanuel Kant, que trata a felicidade como a estrela polar, que para o navegante é só a referência. Ele, o navegante, "não quer chegar à estrela polar, nem chegará. É utopia, portanto. A sabedoria não está em recusar o horizonte e se aquietar, mas em saber que você é um ser de busca, e não de encontro".
O primeiro passo na direção da felicidade é o desmascaramento da felicidade conforme proposta pela sociedade contemporânea. Nas palavras de Mário Quintana, a escolha de uma "felicidade realista". Uma felicidade que não depende do lugar aonde se chega, mas do jeito como se vai. Uma felicidade que seja capaz de conviver com a imperfeição, com a frustração, com castelos desmoronados, com desejos não satisfeitos. Uma felicidade simples e singela, e menos hollywoodiana. A felicidade da fraternidade, da solidariedade, do compromisso ético. A felicidade do romance, da vida em família, mesmo com todas as suas contradições. A felicidade dos amigos ao redor da mesa, do trabalho produtivo, do ócio criativo. A felicidade de aprender, crescer, mudar as coisas e mudar a si mesmo - deixar-se transformar. A felicidade de andar sempre, não desistir nunca, seguir a trilha que Jesus deixou e conduz ao Reino eterno.

- Ed René Kivitz

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