sexta-feira, 18 de junho de 2010

O meu adeus a Saramago

"O mundo ficou ainda mais burro e ainda mais cego hoje", afirmou Fernando Meirelles em comunicado oficial sobre a morte do escritor português José Saramago. Notícia triste em uma sexta-feira corrida e difícil.
Conheci a obra do gênio português em tempos de cursinho em que o professor de interpretação de textos recitava trechos decorados de grandes autores como Machado, Rosa, García Marquez e ele: Saramago. Com uma escrita atípica e original, aprendi o que são os ensaios. Li apenas "O ensaio sobre a cegueira" e "Intermitências da morte" cujos enredos baseiam-se em um mundo em que todos ficaram cegos e em que a morte deixara de atuar, respectivamente. Os conflitos, o porquê de nossa existência e o caos foram alguns dos temas abordados nas obras do único autor de língua portuguesa a ganhar o prêmio Nobel de Literatura.
O Saramago era ateu. E isso não interferiu em minha admiração por sua escrita e seus pensamentos. Talvez ele conhecesse, de fato, o quão ruim é a natureza humana, o que, talvez, levou-o a desacreditar em um deus que desse ordem ao visível caos.
O Saramago me instiga a refletir sobre a imerecida graça que há em Cristo. No entanto, deixa-me triste o fato de seus 87 anos não o terem convencido de que sua genialidade não vinha somente dele mas que era, na verdade, um presente de Deus. Adeus, Saramago.

Um comentário:

ahk disse...

"Talvez ele conhecesse, de fato, o quão ruim é a natureza humana, o que, talvez, levou-o a desacreditar em um deus que desse ordem ao visível caos."

simplesmente, bueno =)
hahahaha...

sr. saramago era um cara cabeça x)~.