sábado, 10 de outubro de 2009

Sobre a paixão

Há algum tempo, percebo que alguns assuntos e tópicos tornam-se motivadores da minha vida cristã. Não como motores, mas como desembaçadores da minha caminhada. Penso que Deus ajuda-me a refletir, gerando em meu íntimo o anseio da mudança. Positivo, penso.
Semana passada, comecei a ler o livro "A vida do Artista", do Rory Noland. Incrível como o livro ajuda-me a digerir e entender algumas situações recorrentes no meu dia-a-dia. Através de exemplos, o autor simplifica conflitos existentes nas igrejas e ministérios.
Logo no início do livro, chamou-me a atenção o tópico "O poder da paixão". Lá, Noland discorre da importância da paixão na vida do artista, isso mesmo... a paixão. A paixão, por tantas vezes condenada, é importante para nos motivar e encorajar. Pense como as pessoas apaixonadas parecem mais vivas! É muito bom estar ao lado daqueles que gostam do que fazem e têm paixão por aquilo. Olham para o futuro com esperança, porque sempre acreditam que o melhor ainda está por vir. Nelas, "o entusiasmo pela vida é contagiante".
Sinto em dizer que nem sempre sou apaixonado. Nem sempre ajo apaixonadamente por Cristo em minha forma de viver; pelo contrário... falho. Por vezes, perco a paixão de vista. Torna-se algo distante, lembrada como passado.
Na Bíblia, encontramos pessoas apaixonadas por aquilo que faziam. Cito Davi, Paulo e Pedro. Homens que viveram apaixonadamente pelo Deus que lhes trouxe graça. O salmista escreveu: "Como a corça anseia pelas águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?" (Sl 42:1,2). Paulo descreve sua paixão por Cristo em: "porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" (Fp 1:21). Embora Pedro fosse considerado impulsivo, Jesus o apelidou de "a Rocha" e edificou sua igreja sobre ele. Apaixonado, Pedro fez apelos que levaram milhares de perdidos a conhecerem a Cristo.
"Deus sabe que a nossa vontade varia. A paixão não é uma emoção que devamos desenvolver. Ela é conseqüência da dedicação de vivermos a aventura que Deus tem para nós e experimentarmos as riquezas profundas da vida interior." - Rory Noland.
Desejo: que a paixão seja viva em tudo o que eu fizer e viver. Quero: apaixonar-me pela vida diariamente. Vou: escrever, ler, cantar, dançar, jogar futebol e estudar. trabalhar, imaginar, sonhar e viver. tudo, apaixonadamente. Vislumbro: ser alguém que tem paixão por cumprir a vontade de Deus. Amarei: "com devoção irresistível".

2 comentários:

Leandro Kamiya disse...

ênfase no trecho "Deus sabe que a nossa vontade varia. A paixão não é uma emoção que devamos desenvolver. Ela é conseqüência da dedicação de vivermos a aventura que Deus tem para nós e experimentarmos as riquezas profundas da vida interior." - Rory Noland.

Eliéser Ribeiro disse...

Olá, Rafael.

Gostei muito do seu texto.
É realmente um grande desafio para todos os cristãos manterem viva dentro de si, a paixão que motiva a fé e a esperança.
Espero que o Eterno continue te iluminando.