terça-feira, 26 de maio de 2009

Capítulo 1 - O jejum

"Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia." Atrevendo-me a citar Shakespeare, começo o primeiro capítulo de uma série sobre esse sentimento que por vezes tem me guiado, o saber. É um sentimento da existência de Alguém em algum lugar que, sensivelmente, diz-me: estou contigo por onde quer que andares; oberdece-me e verás minha destra fiel.
Tudo começou com um jejum. Há algum tempo não jejuava, não pela incredulidade, mas pela preguiça. Confesso que, por vezes, tenho deixado-me levar pela rotina, pelos problemas do dia-a-dia e, muitas vezes, pelas armadilhas recorrentes. Não por falta de zelo à minha vida espiritual, mas pelas constantes dificuldades que venho enfrentando. Há vezes em que meus pensamentos dão-se nó. Quase piro. Disseram-me que penso demais, e que isso não é muito bom. Entretanto, descubro, a cada reflexão, um Deus que se importa com meus sentimentos, dizendo-me: "assim como os céus sãos mais altos que a terra, (...) assim são os meus pensamentos mais altos que os vossos pensamentos."
Aderi ao jejum. Seria bom colocar minhas idéias em ordem, tempo de oração e Palavra. Quem sabe, assim, Deus não ouvia às minhas orações; quer dizer, quem sabe assim eu não levava um cotonete espiritual e ouvia com mais atenção às instruções do alto. Eu faria jejum de café da manhã e almoço e consagraria o jejum na festa de aniversário da minha prima. Fui até uma biblioteca perto de casa e aproveitei para estudar algumas coisas pendentes. Ao meio-dia, tirei um tempo para meditar e orar; uma boa troca, o almoço ficaria para o outro dia. Lá pelas tantas, orei sobre um estágio/concurso. Algo que fosse da vontade de Deus e que me possibilitasse abençoar outras pessoas, em especial à minha família. Deixei. Terminado o meu tempo devocional, fui até o balcão da biblioteca renovar o livro emprestado que estava sendo degustado. De volta à mesa em que eu deixara as minhas coisas, percebi a luz do celular acesa. Os mais próximos conhecem minha dificuldade em atender a telefonemas. Estranhei. Não havia nome, somente números. Hesitante, atendi.
- Alô, gostaria de falar com o Raphael Akamine.
- Pois não.
- Sou da Casa da Indústria e gostaria de convocá-lo a uma seleção que ocorrerá amanhã às 8:30 na sede da IEL.
- Ok. Estarei lá. Obrigado - desliguei.
Impressão minha ou Deus estava abrindo uma porta?

4 comentários:

Wilsinho disse...

Como será que o pequeno paquito se sairá na entrevista? - Não perca cenas dos próximos capítulos!

Fico feliz que deu tudo certo! (Spoiler?). Também tenho que reconhecer os pequenos milagres que Deus está fazendo nesses dias. Só não tenho um blog pra postar. hehe! E vamo que vamo.

JU disse...

Hummm Neguinhuu hein !! E ae deu certo, deu certo? (tive q copiar e colar o ponto de interrogacao do post do BB, pq o meu teclado desconfigurou td .. hehe!!)

Ah!! Preciso de um milagre tb!! hehe! Mas assim como vc eu creio na Palavra de Deus por isso os milagres acontecem! Aee!
BJocas Negoo

Jacqueline Boriam disse...

ahhhh que demais!!!é, Deus é poderoso pra fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos!
Força aí zé!Torço e oro por vc!

bjs
;)

ahk disse...

demais. um texto impressionante xD~~ meus parabens, Raphael Akamine hahaha. grande abraço.